As instituições de crédito (IC) subscritoras do ACT, bem como a CGD, responderam com uma proposta de revisão salarial de… 0%. Desenganem-se se pensam que o MAIS e o SBC aceitarão esse insulto aos trabalhadores.
Como lhes cumpria, o Mais Sindicato e o SBC apresentaram às IC subscritoras de convenções coletivas do setor uma proposta de revisão das tabelas salariais e cláusulas de expressão pecuniária.
Demonstrando mais uma vez a sua arrogância e desrespeito pelos trabalhadores, as IC responderam com a proposta de que “as tabelas remuneratórias e as cláusulas de expressão pecuniária permaneçam inalteradas face ao ano transato” – ou seja, sem aumentos salariais em 2021.
Para justificar o indefensável, as IC argumentam que os automatismos ainda existentes representam um aumento de massa salarial de 0,7%, embora com impactos distintos em cada banco, além das suas responsabilidades com os Fundos de Pensões.
Recorde-se que o ACT do setor bancário é subscrito pelas seguintes IC: Banco BPI, o BST, Novo Banco, BNP-Paribas, BBVA, Bankinter, Abanca, Caixabank, Haitong Bank, Banco do Brasil e Banco Credibom.
Também a CGD, que tem um Acordo de Empresa (AE) próprio, respondeu à proposta sindical contrapropondo 0% de aumento salarial.
Lutar
Em simultâneo à pretensão de não compensar os bancários pelo seu esforço, competência e empenho profissional, os bancos encerram balcões e pretendem reduzir os quadros de pessoal – apesar de registarem lucros.
A posição do MAIS e do SBC é clara: desenganem-se se pensam que a pretexto da pandemia desistirão de contribuir para melhorar as condições de vida dos bancários.
Os trabalhadores não podem continuar a ser o alvo da redução de custos – existem outras formas de compensar o trabalho e os Sindicatos exigem-no.
Para o MAIS e o SBC, a garantia dos postos de trabalho e a manutenção da prestação de cuidados de saúde através do SAMS é cada vez mais premente e fundamental para os bancários – pelo que está na altura de as IC assumirem a sua quota-parte na responsabilidade de garantir a sustentabilidade do sistema.
A profissão de bancário é comprovadamente de desgaste rápido e o esforço de anos não pode ser ignorado, consideram.
Outras convenções
Além do ACT do setor bancário, os Sindicatos estão igualmente empenhados a negociar a revisão das tabelas de outras instituições que têm convenções próprias.
Nesse sentido, foram já enviadas propostas para o Montepio, o BCP e a CCAM – que ainda não responderam. Nestas IC, a discussão salarial far-se-á durante o processo de revisão de clausulado que está em curso.
Aceda AQUI ao comunicado em pdf.