Tomaram posse no passado dia 26 de Abril (sexta-feira), os novos corpos sociais do Sindicato dos Bancário do Centro, eleitos no dia 11 de Abril. A cerimónia decorreu no Hotel Dona Inês, em Coimbra, com a presença de muitas dezenas de bancários, dirigentes sindicais e convidados.
Começou por usar da palavra o Presidente da Mesa da Assembleia Geral cessante, Carlos Silva, que cumprimentou todos os presentes, dirigindo saudações pessoais à Presidente da UGT, Lucinda Dâmaso, ao Presidente do Sindicato dos Professores da Zona Centro, José Ricardo, aos representantes de outros sindicatos que compareceram. Dirigiu ainda um cumprimento especial a Osório Gomes, que foi Presidente do SBC durante mais de duas décadas.
Para além da tomada de posse propriamente dita, com a assinatura dos respectivos termos por parte dos eleitos para o quadriénio 2019-2013, houve mais algumas intervenções. Assim, usaram depois da palavra Alberto Simão, representando o Sindicato dos Bancários do Norte, João Carvalho, representando o Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, Carlos Marques, do Sindicato dos Profissionais das Actividades Seguradoras e Lucinda Dâmaso, Presidente da UGT.
Falou por último a Presidente da Direcção agora reeleita, Helena Carvalheiro, que começou por agradecer a presença de todos, particularmente a dos dirigentes dos diversos sindicatos ali representados. Agradeceu depois a todos os membros dos órgãos sociais que naquele dia cessaram funções, destacando o até então Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Carlos Silva, “pelo empenho e apoio concedido em todas as situações”. De seguida aludiu ao mandato que ter-minava, e que durou apenas dois anos, afirmando: “Ainda assim, felizmente foi possível concretizar muitos dos objectivos a que nos propusemos. Permitam-me que destaque alguns. E começo pelo equilíbrio da conta de exploração do nosso Sindicato. Após anos a apresentar prejuízos significativos, conseguimos, já no exercício de 2018, apresentar um saldo positivo. Um desígnio alcançado sem sonegar benefícios aos sócios, mas apenas através de redução de custos e racionalização de meios. Com contas de exploração transparentes, voltando a ser certificadas por um ROC. Depois, o acordo com a ADVANCECARE, inicialmente incompreendido, mas que teve um grande impacto na redução de custos e alargamento de vantagens para os nossos beneficiários. Também a criação do “Jornal dos Bancários”, que se pretende que seja um meio de divulgação da actividade do SBC, mas que constitua igualmente um espaço de opinião e um instrumento que estimule o convívio entre os sócios. Por último, a auscultação da opinião dos sócios sobre o Sindicato de Âmbito Nacional, no passado mês de Novembro, que obteve uma das votações mais expressivas das últimas décadas. Com um resultado favorável de 87%, ficou a Direcção mandatada para providenciar as medidas adequadas para a respectiva concretização”.
Helena Carvalheiro falou depois do futuro, dizendo: “O movimento sindical atravessa dias conturbados. O surgimento de novos sindicatos desalinhados, de movimentos ditos inorgânicos, a juntar às redes sociais e ao populismo, põe em causa
o sindicalismo tal qual o conhecemos. Acresce que o sector bancário permanece em constante reestruturação, que se traduz em perdas de postos de trabalho e de regalias, a par com um sentimento de medo em relação ao futuro. E é verdade que importa estarmos atentos às inovações e às possíveis ameaças. Por exemplo, o surgimento das fintech irá revolucionar a atividade financeira. O SBC tem de responder a todos estes prementes desafios. Acompanhando as novas realidades, modernizando-se, promovendo as acções necessárias e encontrando as respostas adequadas. Sempre em defesa de todos os nossos sócios”.
A Presidente declarou depois: “A Direcção que agora toma posse manteve-se inalterada relativamente à composição anterior. Por vontade própria. Por gratidão minha para com aqueles que tanto me incentivaram a aceitar este desafio e tanto me apoiaram diariamente. Mas, sobretudo, pela competência e experiência de todos eles. Fomos, e continuaremos a ser, uma Direcção colegial, e não unipessoal. Competência, dedicação e transparência são valores pelos quais continuaremos a lutar, no sentido de diariamente estarem presentes em todas as nossas ações e decisões. A isso acresce uma total disponibilidade
para ouvir todos os sócios e aquilatar as suas sugestões”.
O SINDICATO NACIONAL E OS COMPROMISSOS
Helena Carvalheiro abordou depois algumas linhas de acção que se propõe seguir: “Neste mandato, pretendemos manter
o foco na racionalização da estrutura de custos, por forma a assegurar o futuro do SBC, até á constituição de um Sindicato de Âmbito Nacional. Este projecto, que está actualmente na fase de ‘due diligence’, será seguramente o mais arrojado desafio do mandato. Acreditamos no sucesso deste desígnio e nele estamos de alma e coração, cumprindo a decisão que os sócios em nós delegaram. Quero aqui assegurar que, entregaremos uma exploração equilibrada, um património relevante e um passado histórico de que tanto nos orgulhamos. Mas temos de receber em troca uma sólida garantia de futuro e comprovados benefícios para os sócios. Quanto ao SAMS , pretendemos continuar a satisfazer, na plenitude, as necessidades de serviços de saúde. Na sindicalização, pretendemos estar mais próximos de todos os trabalhadores bancários. Quanto à Contratação Colectiva, continuaremos a lutar pela aplicabilidade das convenções, direitos e regalias, nunca esquecendo a situação dos nossos sócios já reformados, tão ignorados pelas entidades patronais”.
A concluir a sua intervenção, Helena Carvalheiro afirmou: “Quero ainda deixar uma palavra de apreço a todos os trabalhadores do SBC, aqui representados, lembrando-lhes sempre que os nossos sócios são a única razão da nossa existência. O meu compromisso, o nosso compromisso, é dar o nosso melhor. No final do mandato, os sócios julgar-nos-ão. Mas estou firmemente convicta de que convosco, com o vosso apoio, venceremos todos os obstáculos e atingiremos os nossos objetivos. Dignificando os bancários e honrando os 84 anos de História do nosso Sindicato”.
in: Jornal do Bancário nº 3, pp. 4 e 5