Saídas no banco vão continuar a ser feitas por rescisões amigáveis ou reformas antecipadas.

O ainda presidente do BPI e futuro presidente do conselho de administração, Fernando Ulrich, garantiu esta quinta-feira que as reduções de pessoal no banco nunca foram feitas através de despedimentos e que os mecanismos utilizados foram sempre reformas antecipadas ou rescisão amigável. “O BPI nunca despediu ninguém. Não estão em causa despedimentos. O BPI só despede pessoas infelizmente em resultado de processos disciplinares quando há pessoas que têm comportamentos que violam a lei e no âmbito de despedimentos com junta causa. Nunca houve despedimentos no BPI e essa afirmação é muito injusta para os portugueses que foram ou têm sido despedidos”, afirmou, em conferência de imprensa a propósito dos resultados.

Assim, a redução de pessoal prevista no plano do Caixabank para o BPI, de 900 funcionários, será concretizado através de reformas antecipadas e acordos.

“Se sempre o fizemos e agora o BPI faz parte do maior grupo bancário da Península Ibérica porque raio ia deixar de ser assim.”

O futuro presidente do BPI, Pablo Forero, afirmou questionado pelos jornalistas que “o BPI tem uma política de saídas de reformas antecipadas. É uma política de que gostamos e que vamos continuar este ano. No primeiro trimestre já 30 a 32 pessoas assinaram as reformas antecipadas. Isso vai continuar”.

A adesão é voluntária. “Temos mais dinheiro e podemos aceitar mais pedidos mas não temos números, são voluntárias”.

Já sobre a rede de balcões Ulrich garantiu que o ajustamento fundamental já está feito mas que uma rede de balcões está sempre sujeita a alterações. “Ao nível da dimensão da rede comercial o essencial do ajustamento da rede de distribuição já está feito”.

O banco conta actualmente com 535 balcões. Forero explicou que “a rede de balcões muda consoante as necessidades dos clientes. Temos de garantir sempre que a rede de balcões é atrativa e melhor do que a da concorrência. Estamos a fechar balcões e a abrir balcões. Mas fechar balcões não é parte da estratégia de sinergias do BPI”.

O BPI apresentou prejuízos de 122,3 milhões de euros no primeiro trimestre devido à mudança de consolidação com a atividade do BFA, em Angola, após a venda de 2% do capital, deixando de consolidar integralmente o banco angolano.

 

Notícia aqui

Créditos
Cátia Simões - Dinheiro Vivo
27 de abril de 2017