Caro(a) Sócio(a)
Se não fosse triste, seria risível: num ano em que apresenta lucros e distribui dividendos, a banca despediu milhares de trabalhadores e recusa-se a compensar os que ficaram e assumem toda a carga do trabalho. No ACT do Setor Bancário, as IC subscritoras acenam com um aumento unilateral de 0,2%. A CGD “oferece” uma revisão média de 0,15%. Caiu a máscara.
ACT do Setor Bancário
Não obstante as várias propostas apresentadas pelo MAIS e pelo SBC para atualização das tabelas e cláusulas de expressão pecuniária, para ativos e reformados, na última reunião, realizada no dia 11 de outubro, as instituições de crédito (IC) subscritoras da convenção coletiva do setor transmitiram a sua última posição, confrontando os Sindicatos com a decisão miserabilista de aumentar os bancários em 0,2%.
Numa altura em que todos os indicadores se revelam favoráveis quanto ao crescimento da economia, em que a banca apresenta lucros e distribui dividendos, que a previsão da inflação é de 0,7% , encerram-se balcões e reduzem-se milhares de postos de trabalho… a recompensa dos que diariamente se sacrificam é 0,2%.
Como se não bastasse, as IC anunciaram que mesmo que os Sindicatos não aceitem aquele aumento vão aplicá-lo unilateralmente. Ao arrepio das normas e da boa-fé, a banca optou pelo unilateralismo como forma de negociação – o que os Sindicatos nunca aceitarão.
MAIS e SBC recusaram de imediato a proposta de aumento salarial, considerando inadmissível a postura intransigente e ameaçadora das IC.
As Direções dos Sindicatos não vão desistir de ver o esforço dos bancários recompensado, bem como de garantir a manutenção do seu poder de compra.
Quando todos reconhecem e condenam os salários baixos na banca portuguesa – que, felizmente, continua a dar lucros - nunca é de mais lembrar que o próprio Estado pretende garantir aumentos salariais no mínimo consonantes à inflação.
MAIS e SBC exigem que as administrações dos bancos passem das palavras aos atos, valorizando os cada vez menos trabalhadores bancários – está na altura de efetivamente negociarem com os Sindicatos em vez de insistirem neste patético simulacro.
Acordo de Empresa da CGD
Após meses de espera, os Sindicatos receberam finalmente a contraproposta da administração da CGD quanto aos aumentos salariais… “oferecem” aumentos diferenciados!
E pasme-se … propõem um aumento médio de 0,15% na tabela salarial, com valorização dos níveis abaixo dos 1.000,00€.
Neste processo ainda só houve a troca de propostas, sindical e patronal, pelo que os Sindicatos pretendem, o mais rapidamente possível, dar início às reuniões de negociação para revisão do Acordo.
ACT do Grupo BCP e ACT do Crédito Agrícola
As convenções coletivas do grupo BCP e do Crédito Agrícola estão a ser objeto de revisão do clausulado. No âmbito deste processo será negociado o aumento das tabelas e cláusulas de expressão pecuniária.
Montepio, BdP, Oitante e outros
Várias instituições, como o Banco de Portugal, o Montepio, ou a Oitante, fazem depender a atualização salarial das suas convenções do resultado obtido na revisão do ACT do Setor Bancário.
Assim, as negociações nestas instituições só serão concluídas após o término do processo do ACT do setor.
BOAS PRÁTICAS: BNP e BIC
Contrariamente ao que infelizmente tem vindo a acontecer na maioria das Instituições do setor, as atualizações salariais no BNP Paribas e no Banco BIC Português ocorreram no início do ano, cumprindo o previsto nos exatos termos que decorrem das convenções aplicadas aos respetivos trabalhadores.
Face à situação, as Direções do MAIS e do SBC vão reunir-se para decidir que medidas tomar.
As Direções
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