Nem acordo para dois anos, nem aumento superior a 0,75%. As instituições de crédito (IC) subscritoras do ACT do sector bancário manifestaram novamente a sua intransigência. A paz social está ameaçada.
Na sexta sessão de negociações de revisão das tabelas, que se realizou no dia 26 de Junho, o Grupo Negociador das Instituições de Crédito (GNIC) adiantou aos Sindicatos que a banca não aceita a sua proposta.
Recorde-se que na sessão anterior, numa tentativa de acelerar as negociações e chegar a um entendimento, SBC e SBSI apresentaram uma proposta de acordo salarial para dois anos, com um aumento do subsídio de refeição para 10€.
Surpreendentemente, apesar de todas as manifestações de intenção o GNIC afirmou não haver disponibilidade para aceitar um acordo de revisão das tabelas para dois anos e – pasme-se – ao subir de 0,7% para 0,75%, a banca não pretende ir além deste aumento salarial em 2019. Quanto ao subsídio de refeição ainda não foi tomada uma decisão.
Face a esta posição, SBC e SBSI expressaram, por sua vez, indisponibilidade para aceitar esse valor.
Justiça
Os Sindicatos repudiaram veementemente a posição das IC, que face à recuperação da economia e consequente regresso da banca aos lucros, pretendem manter os baixos salários, propondo aumentos irrisórios que não contribuem minimamente para a recuperação do poder de compra dos bancários.
SBC e SBSI consideram ter chegado o momento de recompensar os bancários pelos sacrifícios suportados no período de crise, bem como pelo seu esforço e dedicação, que muito contribuiu para que hoje os bancos apresentem lucros.
Se a banca pretende manter a paz social que caracteriza o sector deve perceber que tem de remunerar justamente os bancários – e a proposta dos Sindicatos repõe essa justiça.
Numa última tentativa para as partes chegarem a acordo, SBC e SBSI aceitaram o agendamento de mais uma reunião, em 16 de Julho, na expectativa de que impere o bom senso nas entidades patronais.
28 | Junho | 2019
As Direcções
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