O presidente do Crédito Agrícola, Licínio Pina, revelou que o banco cooperativo vai contrariar o movimento generalizado de fecho de balcões e de redução de pessoal dos concorrentes, pretendendo manter a rede e recrutar trabalhadores.
O presidente do Crédito Agrícola, Licínio Pina, revelou esta quinta-feira que o banco cooperativo vai contrariar o movimento generalizado de fecho de balcões e de redução de pessoal dos concorrentes, pretendendo manter a rede e recrutar trabalhadores. “A rede vai manter-se e vamos aumentar o número de colaboradores”, afirmou o gestor durante a conferência de imprensa de apresentação de resultados de 2016 do grupo, em Lisboa.
Durante o ano passado, o Crédito Agrícola encerrou apenas três balcões, passando a contar com um total de 672 agências, naquela que é a segunda maior rede do sistema bancário português. “Em alguns casos em que as caixas [agrícolas] iam fechar, como os nossos rivais encerraram balcões, mantiveram-se abertas”, sublinhou, destacando que, durante os últimos três anos, fecharam 900 balcões no território nacional e o Crédito Agrícola apenas encerrou 11 agências.
Segundo Licínio Pina, o objetivo é “manter o máximo possível de balcões abertos”, ainda que admita ajustes pontuais, fechando agências que dão resultados negativos, mas abrindo em novas localidades onde a entidade ainda não marca presença, aproveitando a saída dos concorrentes, como é o caso da Comporta e do Gerês (onde o Crédito Agrícola investiu após a saída do Novo Banco). Também ao nível do quadro de pessoal o Crédito Agrícola está em contraciclo com o resto do setor, tendo fechado 2016 com um total de 4.054 trabalhadores após a redução de 67 funcionários.
Os colaboradores que saíram foram todos para a reforma”, realçou Licínio Pina, acrescentando que o objetivo do grupo é recrutar mais funcionários ao longo de 2017.
“Não é pela expansão da rede que vai haver necessidade de contratar mais colaboradores, mas sim pelas exigências de regulação”, assinalou. Questionado sobre se o grupo admite crescer pela via das aquisições, Licínio Pina não fechou a porta a essa possibilidade, mas não avançou mais informação. “Se houver alguma coisa à venda que nos interesse podemos analisar. Analisámos a operação do BBVA” em Portugal, afirmou, dizendo que atualmente não segue nenhum outro negócio em particular.
Créditos: Observador.pt - Agência LUSA 30 de março de 2017
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