O gestor mantém a posição de que o banco público vai continuar a servir as populações de todos os concelhos do país, mas não necessariamente através de presença nas suas sedes.
O presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, revelou que o Banco de Portugal (BdP) lhe comunicou na segunda-feira que está a acelerar a aprovação do serviço móvel de balcões, feito com carrinhas, desenhado pelo banco. O gestor sublinha ainda que os bancos estão agora mais disponíveis para dar crédito às empresas.
“Ontem [segunda-feira], o Banco de Portugal transmitiu-nos que está a acelerar o serviço móvel de balcões“, avançou Paulo Macedo, num ‘jantar debate’ sobre a banca promovido pela associação de antigos alunos do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), em Lisboa.
O gestor mantém a posição de que o banco público vai continuar a servir as populações de todos os concelhos do país, mas não necessariamente através de presença nas suas sedes.
O fecho da agência de Almeida tem estado em foco nos últimos dias, fazendo parte do plano da CGD para encerrar 61 agências por todo o país e constando da reestruturação do banco público acordada com a Comissão Europeia, na sequência da recapitalização de cerca de 5.000 milhões de euros.
Com o fecho do balcão de Almeida, já efetuado, os habitantes têm de se deslocar a Vilar Formoso, a 15 quilómetros da sede de concelho, o que tem motivado protestos.
De resto, Paulo Macedo fez uma espécie de balanço sobre os primeiros 100 dias da sua gestão à frente do banco estatal, realçando o trabalho efetuado ao nível da reestruturação e da recapitalização da CGD.
Todos os bancos querem dar crédito
Paulo Macedo sublinhou ainda que os bancos passaram por uma fase em que a palavra de ordem era “desalavancagem”. Agora o cenário mudou. “Todos os bancos querem dar crédito”, afirma o presidente da CGD.
“Os bancos apresentam agora rácios de transformação abaixo dos 100%. Por isso, querem dar crédito“, explica Paulo Macedo. É preciso rentabilizar os ativos, diz, todos os bancos têm muita liquidez. Há, por isso, uma “clara aposta da CGD ao financiamento das empresas”, acrescenta.
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Créditos Rita Atalaia e LUSA - Eco.pt 9 de maio de 2017
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