MAIS, SBC e SBN apresentaram, juntamente com propostas de revisão do clausulado do ACT, uma reivindicação salarial de 6% para 2024. As Instituições de Crédito (IC), depois de um mês para analisar as pretensões dos Sindicatos, adiaram a reunião negocial alegando não ter condições para responder. Os trabalhadores merecem ser respeitados!

No âmbito do processo de negocial de 2023 foi entendimento destes Sindicatos que, atendendo à escalada de juros e da taxa de inflação, era fundamental dar primazia à discussão da atualização salarial e, só depois de um acordo quanto ao aumento das tabelas e cláusulas de expressão pecuniária, iniciar a analise de eventuais alterações de clausulado.

E assim foi … em meados do ano foi possível atualizar salários, processar retroativos a janeiro e, após o verão, reabrir-se a mesa negocial para discussão de clausulado.

Entretanto, e em face dos excecionais resultados anunciados pelos bancos, os Sindicatos decidiram não esperar pelo encerramento do processo de 2023 em curso e iniciar a discussão das atualizações salariais para 2024.

Assim sendo, no início da reunião de negociação do ACT do setor bancário, realizada no dia 31 de outubro, os Sindicatos apresentaram a sua proposta ao Grupo Negociador das Instituições de Crédito (GNIC), baseada nas seguintes prioridades:

  • Iniciar já o processo de revisão salarial, pugnando para que ocorra num curto período, permitindo rapidamente estabelecer o equilíbrio entre os lucros do setor e a perda de poder de compra dos seus trabalhadores, garantindo a atualização em janeiro de 2024;
  • Compensar os efeitos da inflação;
  • Reivindicar a partilha de lucros.

Recuperar em 2024

Atendendo a todos estes aspetos, o MAIS Sindicato, o SBN e o SBC propuseram 6% de aumento em todas as tabelas e cláusulas de expressão pecuniária, tendo em consideração:

  • A previsão da taxa de inflação para 2023;
  • A urgência de recuperar de forma faseada o poder de compra;
  • A justiça de partilhar ganhos de produtividade;
  • A valorização dos salários em pelo menos 5,1%.

E os trabalhadores?

A reunião seguinte estava agendada para dia 28 de novembro, data em que se esperaria haver resposta das Instituições de Crédito mas, pasme-se … no dia 26, em vésperas da reunião, as IC alegaram ainda não ter condições para responder … Quase um mês depois????

Aqui está a prova de que não são os Sindicatos que dificultam os processos ou protelam as negociações … são as IC que apregoam uma coisa e fazem outra.

Os Sindicatos trabalham diariamente em prol dos bancários, ativos e reformados … os Bancos insistem em ignorá-los.

Nada justifica este comportamento … os trabalhadores merecem ser respeitados.

 

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