Em 2022 o Sindicato dos Bancários do Centro consolidou uma gestão muito criteriosa dos recursos, reforçando uma prática que caracteriza o trabalho da presente Direção, para que se possa continuar a garantir a sustentabilidade financeira do nosso sindicato.
Um ano com muitos desafios, quer a nível interno, quer a nível externo, com impacto direto nas contas, como a continuada redução de trabalhadores bancários por parte de alguns bancos, o forte acréscimo de despesa de comparticipações associado a um aumento generalizado dos custos com a saúde praticado pelos principais agentes no mercado e a um forte movimento inflacionista, repercutido nos custos de aquisição desde consumíveis a prestação de serviços, assim como as obras de reabilitação do edifício sede, assegurando um posto clínico digno e possuidor de condições de excelência para sócios, beneficiários, utentes e trabalhadores, respeitando as mais exigentes normas de segurança e requisitos legais e que valoriza superiormente o património dos bancários e, ao mesmo tempo, investindo em soluções tecnológicas que concretizem o incremento da eficiência dos serviços, numa dimensão relacional inovadora, do qual o programa “chamada zero” é um exemplo.
O relatório de contas referente a 2022 é um reflexo de todas estas medidas, mantendo uma visão conservadora que nos permite continuar a assegurar essa sustentabilidade que será o garante da nossa vitalidade futura.
Deste modo, o Sindicato dos Bancários do Centro registou, no exercício de 2022, um resultado consolidado de 33.032 € (trinta e três mil e trinta e dois euros), menos 32% do que em 2021.
Para consolidar o presente resultado líquido, foi necessário manter uma gestão rigorosa com algumas medidas de contenção, mas sempre com o propósito de não retirar quaisquer benefícios a Sócios e Beneficiários, tendo até ampliado e criado novos benefícios, podendo, a título exemplificativo, referir o incremento do valor de comparticipação em consultas de pediatria.
REGIME SINDICAL
O regime Sindical apresenta um resultado líquido de 425.008 €, influenciado pela avaliação positiva do terreno em Quiaios, pelo aumento em 87%, para 160.346 €, das comparticipações dos medicamentos, afetadas ao regime geral, e pelos outros gastos, relacionados com o congresso da UGT e os custos das manifestações efetuadas em conjunto com outros sindicatos, assim como os fornecimentos e serviços externos, que evidenciaram um crescimento de 10% (+ 34.175 €), em linha com o crescimento da inflação e o aumento generalizado de custos em todos os sectores por via do aumento dos combustíveis.
Regista-se, face ao inicialmente previsto, um pequeno desvio negativo nas receitas e na quotização, e um desvio negativo de 11,3% nas despesas, muito por conta das situações acima descritas, que não colocam em causa o equilíbrio na gestão deste regime.
REGIME GERAL
Existe a realçar, neste regime, uma estabilização nas contribuições (-0,3%) face a 2021, que reflete uma maior neutralidade do impacto do movimento de sócios e a sua compensação pela entrada de novos associados.
O resultado atingido neste regime, 246.754 €, foi influenciado essencialmente por um acentuado acréscimo no acesso aos cuidados de saúde, cuja despesa com comparticipações aumentou 6,7%, para 7.506.793 €.
Destaca-se, nesta rubrica, o aumento de 28% nas despesas com internamentos e cirurgias, de 11% com meios auxiliares de diagnóstico, destacando-se um incremento de 40% em Endoscopias/Colonoscopias, justificados, parcialmente, pelo facto de neste ano de 2022 o aumento dos preços dos principais grupos prestadores de cuidados de saúde que os nossos associados privilegiam.
REGIME ESPECIAL
O regime especial apresenta um resultado líquido negativo de 638.705 €, evidenciando uma redução de 32% em termos homólogos, justificada pela estabilização da despesa, o aumento global de receitas de cerca de 8% e pela diminuição global da despesa em cerca de 2%.
Antes de imparidades e amortizações, o conjunto dos postos clínicos e Loja de Óptica apresenta um resultado negativo de exploração consolidado de 369.441 € em 2022, que representa uma melhoria de cerca de 40%, quando comparado com os resultados de exploração de 2021. De registar que a Loja de Óptica apresenta (antes de amortizações) um resultado de exploração positivo.
Helena Carvalheiro, Presidente do SBC, refere não ser um fim em si do Sindicato objetivar o lucro, mas sim assegurar um saudável equilíbrio das contas e a manutenção de um estrito e rigoroso controlo das despesas, que permita compensar a inevitável redução de receitas e o aumento dos custos, sem prejuízo de sócios e beneficiários.
As contas foram votadas e aprovadas, por unanimidade e com aclamação, no Conselho Geral realizado no passado dia 21 de abril.