No dia 1 de Maio de 1886, cerca de 500 mil trabalhadores convergiram para a cidade norte-americana de Chicago, numa manifestação gigantesca para reivindicar melhores condições laborais.

As autoridades reagiram à ousadia com uma violenta intervenção policial, provocando mortos e feridos entre os manifestantes.

A trágica repressão não intimidou os trabalhadores, que quatro dias depois voltaram a sair à rua, com alguns deles a responder às cargas da polícia, que prendeu vários dirigentes. Quatro viriam a ser enforcados e outros três condenados a prisão perpétua.

A notícia espalhou-se pelo Mundo e as autoridades norte-americanas, perante a pressão internacional que se gerou, viriam a libertar os dirigentes presos.

Três anos depois (em 1889), o Congresso Operário Internacional, reunido em Paris, decidiu que o Primeiro de Maio passaria a ser o Dia Internacional dos Trabalhadores.

A partir daí, a data passou a ser assinalada em todo o Mundo com jornadas de luta em defesa dos direitos dos trabalhadores.

Em Portugal, durante a longa Ditadura fascista, a comemoração do Primeiro de Maio foi sempre reprimida, com cargas policiais contra os trabalhadores que se manifestavam, com a prisão de dirigentes sindicais, com retaliações por parte de entidades patronais.

Apesar disso, muitos houve que, ano após ano, ousaram manifestar-se neste dia, pagando caro tal atrevimento. Entre eles vários dirigentes e associados de sindicatos bancários – que sempre estiveram na linha da frente do combate por melhores condições laborais e mais justiça social.

O Sindicato dos Bancários do Centro presta homenagem a todos os que, com muita coragem e espírito de sacrifício, se bateram por mais justas condições de trabalho.

Numa altura em que o nosso sector é abalado com vagas de despedimentos, pressões para rescisão de contratos, fecho de balcões e sobrecarga de trabalho nos que se mantêm, a melhor homenagem que podemos prestar aos que nos antecederam é honrar o seu exemplo.

Fazemo-lo, nesta data tão especial, renovando o nosso compromisso: continuaremos a lutar, todos os dias, incansavelmente, das mais diversas formas, na defesa dos direitos dos bancários!

Viva o Primeiro de Maio!