Dezenas de associados do Sindicato dos Bancários do Centro marcaram presença na manifestação que ontem, dia 13 de Julho, se realizou frente à Assembleia da República juntando centenas de trabalhadores bancários, em defesa dos seus pares e dos seus postos de trabalho.
Organizada pelos sete sindicatos do sector financeiro, numa iniciativa inédita, a manifestação pretende, conforme declarações à agência Lusa, levar os bancos à mesa das negociações para que os processos de reestruturação em curso tenham em conta os interesses dos trabalhadores, sejam faseados no tempo e se façam sobretudo através reformas antecipadas, sem a ameaça de despedimentos colectivos.
Já antes da manifestação os dirigentes dos sete sindicatos haviam sido recebidos por Edite Estrela, vice-presidente da Assembleia da República, que se mostrou sensibilizada pela situação vivida pelos trabalhadores bancários, a quem afirmaram querer uma intervenção do poder político, travando os despedimentos.
Helena Carvalheiro, presidente do SBC, em discurso proferido durante a manifestação, (e que pode ver AQUI), salienta o papel dos bancários durante a pandemia e o seu contributo para os resultados obtidos pelos bancos. Afirma que os sindicatos compreendem a inevitabilidade da digitalização, mas entendem que esta deve ser introduzida sem ser à custa dos trabalhadores e dos seus postos de trabalho, com uma desvalorização absoluta pelo factor e pelo valor humano. Em seu entender, não havendo alteração na postura das instituições financeiras à mesa de negociações, será altura de todos trabalhadores bancários se unirem em formas de luta mais vigorosas.
Pese embora a cobertura mediática no local, a visibilidade que os problemas dos trabalhadores bancários continuam a merecer é bastante reduzida, razão pela qual, questionados sobre a mobilização dos bancários para uma greve nacional, os dirigentes sindicais afirmaram à Lusa ser este o início de um processo de luta em que uma greve não está excluída.
O sentimento generalizado dos participantes de vários sindicatos presentes é o de que é hora de todos os colegas se prepararem e mobilizarem, porque estas propostas (de RMA’s) não são só apresentadas aos outros e em outros bancos e o processo terá apenas começado.
O Sindicato dos Bancários do Centro estará sempre na linha da frente na defesa dos interesses dos trabalhadores bancários, contando com o envolvimento de todos os seus associados para engrandecer esta luta que é, mais do que nunca, a luta de toda uma classe e pela sua sobrevivência.
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