Resultado operacional positivo de 386,6 é a bandeira de António Ramalho para o ano de 2016. O crédito malparado desceu mil milhões de euros.

O banco liderado por Antonio Ramalho registou um prejuízo de 788,3 milhões de euros, melhor do que no ano passado (em 15%) que foram 929,5 milhões de euros. Estes prejuízos resultam de imparidades e provisões no valor de 1,37 mil milhões de euros, o que compara com 1,06 mil milhões em 2015. As imparidades para crédito somam 672,6 milhões.

Antonio Ramalho salientou a subida do resultado operacional de 386,6 milhões, mais 209% do que em 2015. Isto à custa do aumento do produto bancário de 11% e redução de custos operacionais de 21,7%.

“Pela primeira vez tivemos uma redução do crédito malparado (NPL) de mil milhões de euros de 12,3 mil milhões para 11,3 mil milhões de euros”, anunciou o presidente do banco. Vamos na direção correta”, diz Ramalho que salienta que pela primeira vez, desde 2014, as contas não têm reservas dos auditores.

O custo do risco de crédito fixou-se nos 1,99%. Destes, 50 a 60 pontos base são imparidades correntes, o resto são imparidades resultantes do legado que veio do BES.

“Os objectivos da reestruturação foram amplamente cumpridos”, diz António Ramalho. Isto é reduzir balcões para 537 face a um objectivo de 550; o número de colaboradores de 6.096 em dezembro, o que traduz uma redução de 1.312 face a novembro de 2015.

A redução dos custos operacionais de 204 milhões face ao valor anualizado de novembro de 2015, e acima do compromisso de redução de 150 milhões.

O rácio de CET 1 (capital) fixou-se em 12%.

Em termos de negócio a redução do crédito especialmente na carteira internacional em 3,7 mil milhões fixando-se em 33,8 mil milhões com uma atenuação desta redução ao longo do ano.

Depositos totais de 25,6 mil milhões com estabilização a partir de março e um crescimento de 900 milhões no quarto trimestre.

Em termos de produto bancário o resultado financeiro cresceu 14,2% com um menor nível de anulação de juros vencidos e beneficiando da redução do custo dos passivos dm 54 pontos base.

O produto bancário de 977,5 milhões  (+11,1%) com contribuição do aumento do resultado financeiro  (14,2%) e resultados de trading (25,2%).

A subida da margem foi contrabalançada com a queda das comissões de 22,1%.

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Créditos:
Mariana Bandeira e Maria Teixeira Alves - O Jornal Económico
12 de abril de 2017