A Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) registou prejuízos de nove milhões de euros no primeiro trimestre do ano, um desempenho que foi amplamente agravado pela reversão de uma parte dos créditos fiscais que a mutualista registou nas contas do ano passado, apurou o ECO.
Há pouco mais de um mês, quando aprovou as contas de 2017, a associação mutualista liderada por Tomás Correia sabia que teria de alcançar lucros no futuro para poder beneficiar da ‘borla fiscal’ de mais de 800 milhões de euros e que permitiu lucros (contabilísticos) de 587 milhões de euros no último exercício anual. No entanto, em caso de prejuízos, esse crédito fiscal teria de ser revertido e contabilizado como prejuízo. Foi o que aconteceu logo no primeiro trimestre deste ano.
Dos prejuízos de nove milhões de euros registados entre janeiro e março deste ano, cerca de três milhões de euros correspondem ao resultado operacional, isto é, àquilo que é a atividade normal da associação mutualista. Outro milhão diz respeito à dotação anual da AMMG para a Fundação Montepio, uma transferência que ficou já registada no primeiro trimestre. Já a restante perda a rondar os cinco milhões de euros tem a ver com a reversão dos chamados ativos por impostos diferidos (DTA,deferred tax assets, em inglês).
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Créditos: Alberto Teixeira - Eco.pt 3 de maio de 2018
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