A primeira reunião de negociações para a revisão salarial de 2023 não alterou a posição das partes, que continuam muito distantes. Positivo foi o entendimento de que o processo deve ser rápido. Novo encontro agendado já para a próxima semana.

SBC, Mais Sindicato e SBN reuniram-se hoje, dia 20 de janeiro, com a CGD, no âmbito do processo de revisão salarial para este ano.

Recorde-se que a proposta sindical é de 8,5% de aumento na tabela e cláusulas de expressão pecuniária, além de outras cláusulas que podem contribuir para a minimizar as dificuldades actuais dos bancários, activos e reformados.

Na sequência dessa proposta, a 23 de dezembro a CGD respondeu com:

- Aumento médio de 3% na tabela salarial, com um mínimo de 50€;

-  Aumento de 2% no subsídio de almoço;

- Aumento de 3% nas restantes cláusulas de expressão pecuniária, com exceção de abono para falhas e ajudas de custo;

- A todas as propostas de clausulado respondeu “Não aceite”.

Sindicatos contestam

Na reunião hoje realizada, a primeira das negociações directas, as partes tiveram oportunidade de justificar o respectivo ponto de partida, e estes Sindicato não deixaram de evidenciar que a contraproposta da CGD está muito longe do aceitável, nomeadamente por:

- Não repor o poder de compra;

- Não atingir, no mínimo, a taxa de inflação de 2022, que foi de 7,8%;

- Ser injusto para os trabalhadores, ao não verem compensado o trabalho que permitiu os excelentes lucros atingidos;

- Não equacionar as propostas sindicais, que vão para além da tabela e das cláusulas de expressão pecuniária, e que podem contribuir para a minimizar as dificuldades dos bancários, activos e reformados.

Urgência

No entanto, as partes coincidiram no entendimento de que nada justifica arrastar o processo negocial, pois os trabalhadores precisam urgentemente de melhores condições remuneratórias e laborais.

Assim, ficou já marcada a segunda reunião, a realizar na próxima semana.

Aceda AQUI ao comunicado em pdf.