O banco precisou de três meses de reflexão para subir em 0,125% a sua proposta de aumentos na tabela salarial. Obviamente, MAIS, SBN e SBC rejeitam-na e insistem numa valorização salarial que compense a perda do poder de compra dos últimos anos.

Apos três meses de interrupção nas negociações para reflexão, a instituição liderada por Miguel Maya transmitiu, em carta enviada aos três Sindicatos da UGT, a sua proposta salarial para 2024: aumento de 2,25% na tabela e cláusulas de expressão pecuniária e subsídio de refeição de 13,50€.

Refira-se que em fevereiro o BCP apresentou uma proposta de aumento de 2,125% em resposta à destes Sindicatos, que em janeiro anunciaram a sua reivindicação de 6%.

SBC, MAIS e SBN lamentam mais uma vez a decisão do BCP, sobretudo pela sua evolução de míseros 0,125% na tabela salarial – quando em 2023 os seus lucros atingiram 853 milhões de euros, os mais elevados no histórico publicado pelo Banco.

Repúdio

Os Sindicatos repudiam veementemente a argumentação do banco para justificar o aumento de 2,25%. Vejamos:
- Cenários macroeconómicos – que infelizmente são sempre vistos pelo lado negativo, com previsões mais pessimistas do que as de todas as entidades nacionais e internacionais;
- Problemas da subsidiária polaca – os trabalhadores não devem pagar, mais uma vez, as aventuras desastrosas de investimento da administração;
- Elevado número de reformados – é uma vergonha que o BCP considere desta forma aqueles que no passado, com o seu trabalho, dedicação e sacrifício, deram o seu melhor para o banco ser o que é hoje. Os bancários merecem mais respeito, não são para “usar e deitar fora”.

Basta!

Basta! É tempo de valorizar a dedicação e o empenho dos trabalhadores e a sua lealdade para com a instituição.

Parece que os responsáveis do BCP já se esqueceram dos tempos difíceis, em que os trabalhadores contribuíram com uma percentagem dos seus vencimentos para garantir a sustentabilidade do banco e outros milhares foram forçados a aderir ao programa de redução do quadro de pessoal para salvar a instituição.

SBC, MAIS e SBN estão sempre disponíveis para a negociação, mas não aceitam que esta se faça sob o desígnio da perda de rendimento. Os trabalhadores merecem todo o respeito – e merecem aumentos salariais justos.

Estes Sindicatos exigem que a valorização salarial compense as perdas do poder de compra dos últimos anos.

As Direções

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