Enquanto na reunião de conciliação com os Sindicatos da UGT alega só poder apresentar nova proposta salarial no final de setembro, BCP acorda aumento com outro sindicato. MAIS, SBN e SBC acusam o banco de má-fé e pedem ao Ministério do Trabalho que o obrigue a negociar.
O comportamento do BCP no processo de revisão salarial para 2024 tem sido absolutamente inaceitável. Entre mentiras e má-fé, o banco tem agido de uma forma que já não se julgaria possível num país moderno e democrático.
MAIS, SBN e SBC certamente esperavam outro procedimento de uma instituição de crédito que mereceu a compreensão destes Sindicatos quando, por más decisões da administração, passou por momentos críticos e teve de tomar medidas dolorosas para os trabalhadores.
Mas o processo negocial deste ano veio infelizmente demonstrar que o BCP nada aprendeu com o passado. O banco apresentou a estes Sindicatos uma única proposta até hoje: aumento salarial de 2,25% – ou seja, é mentira que MAIS, SBN e SBC tenham rejeitado um aumento de 3%, pois este valor percentual nunca lhes foi apresentado.
Conciliação
Como se não bastasse, o BCP agiu com total má-fé na reunião de conciliação, que decorreu sob a égide da Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT) do Porto, no dia 4. Na altura, o banco alegou ter necessidade de mais tempo, até final de setembro, para reavaliar a possibilidade de evoluir na proposta de aumento salarial. Até ao momento o BCP não apresentou mais nenhuma proposta de aumento.
No entanto, logo na semana seguinte à reunião de conciliação o BCP apresentou a outro sindicato uma proposta bem superior (passou de 2,25% para 3%). Se isto não é má-fé…
Exigência
Face a este comportamento doloso para os associados destes Sindicatos, MAIS, SBN e SBC solicitaram à DGERT que convoque de imediato uma reunião para o BCP prestar os devidos esclarecimentos e, comprovando-se, como é evidente, a postura de má-fé, obrigue o banco a negociar.
As Direções