Comunicado Febase
A primeira sessão de revisão salarial do ACT realizou-se ontem, com duas propostas em cima da mesa: 3% de aumento reivindicado pela Febase e 0,4% contraposto pelas instituições de crédito. Ficou decidido o calendário negocial.
A primeira reunião da Febase com o Grupo Negociador das Instituições de Crédito (GNIC) relativamente ao processo dos aumentos da tabela salarial e cláusulas de expressão pecuniária para 2018 realizou-se esta terça-feira, dia 6.
Se já se previa que o resultado desta primeira reunião resultaria em nada de substancial, dado que se revestia de um carácter meramente formal, aonde se delinearia a agenda do processo negocial.
Assim, ficou ontem decidido que as reuniões terão uma periodicidade quinzenal.
A Febase, assumindo mais uma vez a suas responsabilidades enquanto maior Federação de bancários no activo e reformados, no âmbito das negociações salariais para 2018 tinha, em tempo útil, apresentado a todas as IC com quem tem acordos celebrados uma proposta de aumentos salariais de 3%.
A proposta da Federação é baseada na inflação e nos ganhos da economia, de que as IC também são beneficiárias, como se comprova nos sinais de grande recuperação que têm vindo a dar, perceptível nos resultados apresentados.
Refira-se que a proposta da Febase de aumentos salariais de 3% teve como resposta das IC uns míseros 0,4%, valor inaceitável por parte da Febase face à conjuntura actual do sector, em clara fase de recuperação.
Se é verdade que a situação do sector ainda não é a melhor, está neste momento a superar o período de crise pelo qual passou.
INTRANSIGÊNCIA
O GNIC surpreendeu os negociadores sindicais com a sua postura fixada nos valores apresentados, sem dar quaisquer sinais que evidenciem predisposição para evoluir na proposta, antes pelo contrário, afirmando que a mesma está justificada na sua fundamentação.
Com a proposta de 0,4%, o GNIC argumenta que os encargos seriam bastante superiores e acrescido de pretensos 0,8% da massa salarial. A Febase teve oportunidade de referir e deixar claras as suas dúvidas, que se transformaram em divergência sobre o valor da massa salarial, na medida que este valor não é equitativamente distribuído por todas as IC.
O GNIC reafirmou o princípio de que as alterações resultantes do ACT negociado em 2016 não se refletem a curto prazo na redução dos encargos com o pessoal. Aproveitou ainda para referir que as IC irão ter mais custos resultantes da implementação das normas europeias e com o processo de digitalização de sector, que se avizinha. A Febase refutou tal argumento, pois as IC lucraram muito com as formações feitas pelos trabalhadores
em horário pós-laboral, sem qualquer pagamento de horas.
Convém relembrar que o clima de paz social que tem vindo a imperar no sector muito se deve aos Sindicatos da Febase, que sempre mostraram uma postura responsável e dialogante. Igualmente os trabalhadores do sector tiveram uma postura responsável e de total compreensão pela situação que a banca atravessou e para a qual em nada contribuíram.
Os Sindicatos da Febase continuam empenhados na defesa dos trabalhadores e reformados. Informações sobre o desenrolar das negociações serão atempadamente prestadas aos sócios.
Saudações Sindicais
O Secretariado da Febase
07 | Março | 2018
Comunicado em .pdf aqui.
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