"Estou totalmente convencido que dada idoneidade das pessoas que estão à frente na CGD", cortes avançarão sem recurso a despedimentos, diz Centeno.
Mário Centeno, ministro das Finanças, garantiu que a administração de Paulo Macedo na Caixa Geral de Depósitos não avançará com despedimentos em nenhuma circunstância. A razão é simples: as ordens do acionista Estado são essas mesmo.
“A palavra já dada por mim e também pelo primeiro-ministro é o que vai ser implementado: Não há despedimentos na Caixa Geral de Depósitos. Há uma administração que tem um mandato para cumprir, que tem como pedra basilar não haver despedimentos”, respondeu Mário Centeno, depois de questionado pelo CDS na Comissão de Trabalho e Segurança Social sobre receios manifestados por sindicatos bancários em relação aos cortes no banco público.
“Não há nada que indicie que se esteja a passar algo diferente da palavra dada e do compromisso assumido também pela administração da CGD”, reforçou o ministro das Finanças. “Estou totalmente convencido que dada idoneidade das pessoas que estão à frente na CGD, este processo será conduzido como referido.”
Filipe Anacoreta Correia reagiu à resposta, apontando que o que retira da mesma “é que talvez não conheça o processo. Quantos trabalhadores são visados pelos cortes, qual o método dos mesmos? Há ordens internas com listas de colaboradores? Apresentaremos um requerimento para que este processo seja escrutinado”.
“Tire a informação que entender”, disse Centeno. “O que lhe respondi foi que a CGD tem uma missão, e a gestão tem total confiança para a cumprir e a missão deixa bem claro que não há despedimentos.”
Segundo os valores avançados em março último, e entre 2017 e 2020, o banco vai reduzir em 25% o total de agências e em 25% o total de trabalhadores: os 651 balcões têm de passar a 470 e os 8868 colaboradores para menos de 6700. Ou seja, a CGD vai ter de cortar mais de 45 balcões e 550 trabalhadores a cada exercício já a partir deste ano.
Créditos Filipe Paiva Cardoso - Dinheiro Vivo 27 de Junho de 2017
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