Instituído pelas Nações Unidas há 44 anos, o Dia Internacional da Mulher celebra a luta pelos direitos das mulheres e pela igualdade, recordando-nos o muito que há ainda por fazer na sociedade para que esta se torne mais justa, equitativa e proporcione iguais oportunidades a homens e mulheres.
No nosso país, onde o número de mulheres a estudar nas universidades supera o dos homens, mas em que a lógica patriarcal ainda prevalece e a desigualdade entre os dois sexos é uma realidade, o caminho não tem sido fácil para as mulheres.
De acordo com o Eurostat, as mulheres portuguesas continuam a desempenhar mais tarefas domésticas que os homens. Mas a disparidade não fica por aqui: as mulheres auferem, em média, cerca de menos 20% de salário pelas mesmas funções que os homens.
A boa notícia é que esta realidade tem vindo a mudar e têm sido efectivamente implementadas medidas com esse propósito, como a do princípio da igualdade salarial, que entrou em vigor a 21 de fevereiro último.
Importa sublinhar que as mulheres ganharam, por mérito próprio, lugar de destaque nos principais sectores de actividade do nosso país, sendo vários os casos de sucesso na liderança de empresas, na investigação, na política, no desporto.
Na banca, de acordo com os dados mais recentes da APB, as mulheres representam já 49,4% do total de trabalhadores. Perante esta realidade, os Sindicatos devem continuar a fomentar a consciencialização, junto das Instituições Financeiras, da necessidade de uma maior protecção dos direitos das mulheres e de uma melhoria das condições de trabalho que conduzam a um efectivo equilíbrio da relação entre a vida familiar e a vida profissional.
Quero, pois, neste dia, saudar todas as mulheres, certa de que a força e a coragem que a todas nos caracterizam vão permitir-nos responder da melhor forma aos desafios que o futuro nos reserva.
Helena Carvalheiro
(Presidente da Direcção do Sindicato dos Bancários do Centro)