O Conselho Geral do SBC, reuniu em Coimbra nas instalações do Hotel Dª Inês, a convocatória da Direção, no dia 27 de setembro passado. Constavam da convocatória três pontos da maior importância para a vida dos bancários do SBC, pontos esses que vinham de há muito tempo marcando, indelevelmente, a agenda política do nosso meio sindical e  movimentado as sinergias de muitos ativistas sindicais, com vista à conclusão de uma tarefa que cada vez mais constitui uma montanha de problemas, por exclusiva culpa das IB, que tudo fazem para obstaculizar as negociações e onde a sua boa fé raramente está presente. Falamos da contratação coletiva e, no caso vertente, da atualização das tabelas salariais.

O segundo ponto, da OT, “apreciação, discussão e outorga do Acordo de revisão da tabela salarial e cláusulas de expressão pecuniária do BCP”, foi aprovado por unanimidade. Este acordo foi, como não podia deixar de ser, extensivo aos reformados, reportando-se a 2018. Basicamente, acordou-se num aumento de 0,75% para 2018, e 0,75% em 2019. No que concerne ao subsídio de almoço, foi fixado o valor em 9,50 Euros para 2018 e 9,65 Euros para 2019. Porém, estes aumentos destinam-se aos trabalhadores até ao nível 6 do ACVT. Para os trabalhadores dos restantes níveis foi acordado um aumento de 1,0%, sendo 0,5% para 2018 e 0,5% para 2019. Quanto ao subsídio de almoço, ele é igual para todos os trabalhadores. 

O terceiro ponto da convocatória, “apreciação, discussão e outorga do acordo de revisão da tabela salarial e cláusulas de expressão pecuniária do ACT do setor bancário”, não mereceu a unanimidade dos conselheiros, porém, foi aprovado com três abstenções. Concretamente, foi acordado um aumento salarial de 0,8% para 2019, para ativos e reformados, com um subsídio de almoço a fixar-se em 9,65 Euros.

O quarto ponto “outorga do acordo de revisão da tabela salarial e cláusulas de expressão pecuniária para as instituições de crédito subscritoras de outros instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho cuja negociação se encontra em curso no setor bancário” foi objeto de larga discussão, tendo sido aprovado com um voto contra e duas abstenções. 

Assistimos ainda a duas intervenções de sócios, que não fazendo parte dos órgãos do sindicato, estão estatutariamente autorizados a fazê-lo. Referimo-nos ao ex-presidente Osório Gomes e ao ex-vice-presidente e Coordenador dos SAMS, Mário Figueira. Ambos coincidiram na análise de que há um certo amorfismo sindical nos últimos dez anos, apontando alguns caminhos no sentido de contrariar esta tendência. A direção, aproveitando o pedido de esclarecimento de Mário Figueira, esclareceu os conselheiros que a Febase ainda tem existência legal, mas que se encontra paralisada, não havendo delegação de poderes de negociação neste órgão.

O Presidente da Mesa foi durante conselho geral bastante condescendente nas matérias a tratar, principalmente aquando da discussão do ponto quatro da OT, tendo sido elogiado pela sua atitude. Esta condescendência levou muitos conselheiros a extravasar as suas análises ao ponto de diversas figuras deste órgão terem sugerido à direção a convocação de um Conselho Geral extraordinário, sem fins deliberativos, mas única e exclusivamente destinado à discussão aberta de temas sindicais.