A UGT espanhola e os seus sindicatos do Grupo Santander juntaram-se aos portugueses na defesa dos bancários do Santander Totta (BST). Juntos, exigem que seja interrompido o despedimento coletivo anunciado.

Por iniciativa da UGT/Portugal, realizou-se hoje, dia 15 de setembro, uma reunião entre os três sindicatos portugueses – Mais Sindicato, SBC e SBN – e uma delegação da UGT/Espanha, que integrou dirigentes sindicais do Santander em Espanha.

No encontro ficou claro que a redução do número de trabalhadores está a ser realizada de forma radicalmente diferente nos dois países – quer em termos de dimensão, quer de processos.

Em Espanha, o Santander negoceia soluções com os Sindicatos, preservando a paz social: ou seja, por acordo com os trabalhadores e em condições claramente mais vantajosas. Além disso, em 2021 a redução de efetivos é de cerca de 15% do total de trabalhadores.

Pelo contrário, em Portugal o BST ameaça com despedimento coletivo os trabalhadores que não aceitam a proposta de rescisão por mútuo acordo (RMA). Por sua vez, no mesmo período a diminuição de efetivos ronda os 25% da força de trabalho.

É tempo de parar

Ressaltou da reunião a importância do diálogo ibérico, para que a Administração central do Santander em Espanha saiba o que se passa em Portugal e como os responsáveis do BST agem, de forma completamente distinta e em completo desrespeito pelos trabalhadores – lançando uma profunda mancha negra na imagem do Grupo Santander.

Os sindicatos portugueses frisaram que é urgente negociar com mais tempo, atendendo às circunstâncias: este ano, o banco já reduziu em mais de 1000 o número de efetivos e, em simultâneo, tem agências em que há falta de trabalhadores. Por outro lado, em termos de resultados obteve lucros.... Razões suficientes para parar por aqui o seu procedimento e não enveredar por processos unilaterais.

Face aos factos, os Sindicatos de ambos os países e as respetivas centrais sindicais deixam uma mensagem clara à Administração do Santander: é fundamental parar o processo de redução de trabalhadores.

Do mesmo modo, exigem dignidade, respeito e paz social – a pandemia não serve de desculpa!

Aceda AQUI ao comunicado em pdf.