O banco público, cujos lucros em 2022 cresceram 65% face a 2021, considera que os trabalhadores apenas merecem um aumento salarial de 3%. Mais uma resposta inaceitável, que o MAIS, o SBC e o SBN não deixarão passar.
A CGD é mais um exemplo da ganância do setor bancário. Depois de um ano particularmente bom no que respeita a resultados – 486 milhões de euros, colocando-se numa robusta posição de capital e acima da média dos bancos portugueses e europeus – pretende repetir mais uma vez a injustiça com os trabalhadores.
Recorde-se que em 2022 os trabalhadores tiveram um aumento de apenas 0,92% face a uma inflação de 8,1%.
Para 2023, enquanto aumenta consideravelmente as comissões e os juros aos clientes, o banco responde à proposta sindical de revisão salarial de 8,5% contrapondo 3% na tabela.
E embora a contraproposta salarial da CGD seja ligeiramente superior à da APB em 0,5%, é inferior nas cláusulas de expressão pecuniária.
É este o comportamento da CGD: aumentar o preço dos serviços aos clientes, e acumular sempre mais e mais lucros explorando os seus trabalhadores.
Não interessa quanto os bancários trabalham, o seu profissionalismo e dedicação. O objetivo é reduzir os custos do trabalho, embaratecendo-o até ao limite.
A CGD, aliás como a restante banca, não tem qualquer sentido da sua responsabilidade no bem-estar dos seus trabalhadores e nas dificuldades que estão a sofrer com o enorme aumento do custo de vida. Primeiro estão os seus lucros e não querem reparti-los com quem muito contribui para eles. Só arrecadar.
Clausulado
Já no que se refere à revisão do clausulado, a CGD respondeu com taxativo “não se aceita a proposta sindical” a todas as mais de duas dezenas de cláusulas, exceto em dois pontos de uma delas, referente a faltas, e só para adequá-las à lei.
A argumentação da Caixa para a recusa é a mesma de sempre: aumentaria as despesas com pessoal!!
O MAIS, o SBC e o SBN saberão responder a esta miserável proposta. Os trabalhadores da CGD podem contar com os seus Sindicatos para defendê-los.
As Direções