Em 2021 o Sindicato dos Bancários do Centro continuou a promover uma gestão muito criteriosa dos recursos, o que vem fazendo desde que a presente Direção foi eleita, para continuar a garantir
a sustentabilidade financeira do nosso sindicato.
Muitas condicionantes se apresentaram durante o ano, com impacto direto nas contas, como a violenta redução de trabalhadores bancários por parte de alguns bancos, o forte investimento em cumprimento com as determinações normativas quanto à proteção e bem--estar de sócios, beneficiários, utentes e trabalhadores no que à pandemia diz respeito, o processo de integração de faturação dos postos, integração contabilística, assim como a aplicação de comparticipações diretas, que permite hoje ter um prazo médio de comparticipações de 3 dias.
O relatório de contas referente a 2021 reflete todas estas medidas, incorporando uma visão conservadora que nos permite continuar a assegurar essa sustentabilidade que será o garante da nossa vitalidade.
Deste modo, o Sindicato dos Bancários do Centro registou, no exercício de 2021, um resultado consolidado de 48.883 € (quarenta e oito mil, oitocentos e oitenta e três euros), menos 24% do que em 2020.
Para consolidar o presente resultado líquido, foi necessário manter uma gestão rigorosa com algumas medidas de contenção, mas sempre com o propósito de não retirar quaisquer benefícios a Sócios e Beneficiários, tendo até ampliado e criado novos benefícios.
REGIME SINDICAL
O regime Sindical apresenta um resultado líquido de 234.367 €, influenciado pelos custos com pessoal, impactado pela reforma de trabalhadores e reafectação a outras áreas de negócio, pela diminuição das comparticipações dos medicamentos, afetadas ao regime geral, e pelos outros gastos resultantes da menor atividade dos Secretariados Regionais, em função da pandemia.
Regista-se, face ao inicialmente previsto, um pequeno desvio negativo nas receitas e na quotização, e um desvio positivo de 27,5% nas despesas, muito por conta das restrições à realização de atividades sociais por efeito da pandemia Covid 19, demonstrando o equilíbrio na gestão deste regime.
REGIME GERAL
Existe a realçar, neste regime, uma diminuição nas contribuições em 1,1%, influenciada pela passagem à reforma, rescisões por mútuo acordo (RMA’s) e falecimentos de associados. O resultado atingido neste regime, 749.895 €, foi influenciado essencialmente por uma certa normalização, ainda que condicionada, no acesso aos cuidados de saúde, cuja despesa com comparticipações aumentou 9,2%, para 7.032.526 €.
Destaca-se, nesta rubrica, o aumento de 14% nas despesas com internamentos e cirurgias de 11% com meio auxiliares de diagnóstico, justificados, parcialmente, pelo facto de neste ano de 2021 se terem restabelecido os padrões de acesso às unidades de saúde existentes antes da pandemia.
REGIME ESPECIAL
O regime especial apresenta um resultado líquido negativo de 935.379 €, evidenciando uma redução de 20% em termos homólogos, justificada pelo aumento global de receitas de cerca de 8% e pela diminuição global da despesa em de cerca de 2%.
Após imparidades e amortizações, o conjunto dos postos clínicos e Loja de Óptica apresenta um resultado negativo de exploração consolidado de 578.238 € em 2021, que representa um agravamento em 14%, quando comparado com os resultados de exploração de 2020. De registar que a Loja de Óptica apresenta (antes de amortizações) um resultado de exploração positivo.
Helena Carvalheiro, presidente do SBC, reforça que não é objetivo do sindicato procurar o lucro, mas sim garantir que há um equilíbrio nas contas e um rigoroso controlo das despesas, que permita compensar a inevitável redução de receitas, sem prejuízo de sócios e beneficiários.